NOTÍCIA E INFORMAÇÃO
A POLÍTICA DO CORONELISMO
Nas primeiras eleições do Tocantins, em 1988, o modo de fazer política continuou em ritmo de Nortão goiano, sinal de que a política do coronelismo vai continuar enraizada no novo estado. O coronelismo é uma prática sociopolítica brasileira típica do início do século XX, no período chamado de República Velha (1889-1930). Os chamados “coronéis” exerciam o poder local sobre as camadas inferiores da sociedade a fim de garantir votos em troca de favores das esferas políticas locais, estaduais e federais.
Com a criação da Guarda Nacional, quando os cargos de confiança foram nomeados de acordo com relações de influência e troca de favores. Grandes proprietários de terra que eram leais ao governo recebiam o cargo de Coronel, Capitão ou Major para exercer o controle local. O tempo avançou, mas até hoje todo chefe político local passou a ser chamado pelos sertanejos de Coronel.
“(...) O coronel seria um elemento eminentemente eleitoral, cuja liderança política se exercitava em decorrência da sua liderança econômica; e o argumento para que o seu poder se legitimasse estaria no aliciamento de eleitores e no preparo das eleições. Todavia, a nível local, o coronel seria um organizador do seu mundo, inseparável da sociedade agrária, protetor do "camponês", para quem era o protetor e o mandão, e articulador da sociedade local ao sistema político, econômico e social. Dessa forma, o poder do coronel derivaria mais do seu prestígio e da sua honra social do que da sua situação econômica.”
O Coronelismo encontrou no período da República Velha as condições necessárias para prosperar. Foi se desenvolvendo ao longo do século XX, existente tanto nos meios rurais como nas cidades como resultado das desigualdades e precariedades existentes na sociedade. O desenvolvimento eleitoral em esferas municipais permitiu aos “coronéis” ampliar seus poderes, pois atuavam diretamente no voto para os candidatos que possuíam apoio do governo estadual ou mesmo federal.
Como os “coronéis” possuíam a força militar (a começar pelo delegado de Polícia) eles poderiam utilizar essa força, gerando o medo para coagir o eleitor a votar em determinado candidato.
Importante lembrar que o voto na República Velha não era secreto, o que permitia um maior controle dos “coronéis” sobre as votações. A partir do aliciamento de votos, os “coronéis” garantiam uma série de favores que poderiam ampliar seu controle político, mas que também poderia incluir favores simples como “um par de botas, uma roupa para a mulher, uma vaga no posto de saúde ou um emprego de professora”.
O coronelismo enquanto prática sociopolítica se enfraqueceu a partir da Revolução de 1930, quando as mudanças implantadas por Getúlio Vargas, tais como a dissolução das Câmaras Municipais e das Assembleias Legislativa, além das nomeações de homens de confiança de Getúlio Vargas como Interventores (governadores) para os Estados. Isso enfraqueceu as oligarquias e, por consequência, também os “coronéis”.
Hoje a política do coronelismo migrou para as empresas de comunicação. Para manter-se no poder, o Presidente da República tem que rezar pela cartilha do patronato. Do contrário, a mídia (TV, Rádio e Jornal) fazem campanhas contra o governante,
Cinco a seis famílias poderosas dominam o mercado de comunicação no Brasil, entre TV, Rádio e Jornal. Nos estados os políticos se associam a grupos para fundar veículos de comunicação. No município, o chefe político geralmente tem sua “Radio Comunitária” funcionando dia e noite.
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