NOTÍCIA E INFORMAÇÃO
GOIÁS PERDE A VILA DE CAROLINA PARA O MARANHÃO
No início do século XIX, Francisco José Pinto Magalhães, natural de Natividade, adquiriu um batelão (bote) e começou a fazer a rota fluvial pelo Rio Tocantins entre Palma (hoje Paranã) e Porto Real (hoje Porto Nacional) com a vila de Grão-Belém do Pará. Ele transportava espichado (couro de boi) e algodão em pluma. Nas suas viagens estacionava a embarcação onde é hoje o porto de Carolina. A preação de índio tornou-se uma atividade altamente rendosa para mão-de-obra do colono. Belém do Pará carecia de trabalhadores e Pinto Magalhães torna-se preador de índios e embarcava os nativos (indígenas) para vender em Belém, época em que os vaqueiros de Pastos Bons começaram a instalar currais na região.
Até então não havia a povoação de Pedro Afonso, de maneira que a viagem pelo rio era deveras cansativa partindo de Porto Real. Numa de suas viagens para Belém, em 1808, Pinto Magalhães decide improvisar um porto de embarque e instalar pequeno comércio para os navegantes em trânsito e moradores da região.
Quando fazia suas viagens para Belém, Pinto Magalhães trazia sal e mantimentos para seu comércio. Em cada viagem para Belém, Pinto Magalhães notava o progresso de seu negócio com novos moradores e o crescimento de fazendas de gado. Dentro de pouco tempo surgia uma povoação no lugar e Pinto de Magalhães achou conveniente levar ao conhecimento do governo de Goiás para as devidas providências sobre o crescimento urbano do futuro arraial de S. Pedro de Alcântara, depois vila de Carolina.
Na viagem de volta o governo de Goiás fornece quatro soldados e um padre para a nova povoação fundada por Pinto Magalhães. Vendo S. Padro de Alcântara prosperar como polo econômico regional, o governo do Maranhão fez uma reclamação contra o governo da Capitania de Goiás, alegando que o novo arraial pertencia a sua província. Finalmente os dois governos decidem criar uma comissão de goianos e maranhenses para estudar os limites territoriais do arraial de S. Pedro de Alcântara.
A comissão concluiu que aquele território pertencia à Capitania do Maranhão, mas a questão não foi cumprida pelo governo de Goiás. Como resposta ao governo do Maranhão, o governo de Goiás eleva o arraial para vila de Carolina, em 25 de outubro de 1831, numa homenagem à princesa Carolina Leopoldina, mulher de D. Pedro.
Os moradores descobriram o negócio lucrativo com o comércio de Belém do Pará: desciam o Rio Tocantins com cargas de couro de boi e algodão. Na viagem de volta, traziam de Belém sal e mercadorias. A vila de Carolina passou a ser o maior posto de arrecadação de impostos da Comarca da Palma e por muitos anos pertencia a Goiás.
A questão de limites só foi decidida pela Câmara dos Deputados que aprovou a Lei 1.773, de 23 de agosto de 1854, que definia Carolina como vila pertencente à Província do Maranhão. A 8 de julho de 1859, a vila de Carolina seria elevada a cidade e era a mais importante do sul maranhense.
Nos anos 40 do século passado, o coronel-aviador Lysias Rodrigues estuda projeto com técnicos do IBGE, no Rio de Janeiro, para criação do Território Federal do Tocantins, com a capital em Carolina ou Pedro Afonso.
Na década de 70 o autor destas linhas morou em Carolina e integrava a equipe do semanário “Tribuna de Carolina”. Mudando para Araguaína, fundou ali o semanário “Tribuna da Amazônia” na data de 13 de maio de 1973. Ainda em Araguaina, mudou o nome do jornal para “O Estado do Tocantins” em 20 de maio de 1975. Em 1992, mudou a redação de “O Estado” para Palmas e no ano de 1994 voltou para Carolina e fundou ali o jornal “O Estado do Maranhão do Sul” para divisão do estado do Maranhão.
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