A HISTÓRIA DOS ÍNDIOS DO TOCANTINS

Quando os colonos chegaram ao Tocantins encontraram vários grupos indígenas na região. Os conflitos fizeram parte da conquista, e na maioria das vezes os nativos acabavam sendo desfavorecidos, pois os colonos possuíam melhor armamento. 

A missão do colono português era tomar as terras dos índios. O indígena passou, então, a ser visto de outra maneira: ele era, ao mesmo tempo, um obstáculo à posse e uma fonte de mão-de=obra escrava. A relação com os índios passou a ser conflituosa e, praticamente, em todos os locais de colonização se desencadearam guerras entre os índios e os colonos.

Se os índios ganharam alguns combates, por outro lado, os portugueses ganharam a guerra. Primeiro, por contarem com o recurso de uma tecnologia bélica superior, principalmente pelas armas de fogo. Os índios reagiam sempre com suas armas de madeira e pedra. 

Durante a época da mineração as relações entre índios e garimpeiros foram exclusivamente guerreiras e de mútuo extermínio. Os grupos indígenas desconheciam a escrita e não deixaram documentos sobre o próprio passado. Além da violência cultural e militar, a partir da chegada do europeu o gentio da terra teve que combater outros inimigos mais insidiosos: as doenças trazidas do Velho Mundo pelo colonizador. 

Com a decadência da mineração, as missões religiosas foram instaladas no Médio e Baixo Tocantins, com a finalidade de conquistar a cpnfisns do índio na colonização. Os índios perdiam sua identidade cultural através da conversão facilitando o trabalho do colonizador. 

Hoje restaram no Tocantins uma população aproximada de 10 mil indígenas. Todos com cultura e tradições muito bem preservadas. São indígenas de sete etnias: Karajá, Xambioá, Javaé (que formam o povo Iny) e os Xerente, Krahô Canela, Apinajè e Pankararú. 

Eles se distribuem em mais de 82 aldeias, em municípios de todas as regiões do Estado. Dependendo das peculiaridades e habilidades de cada etnia, os indígenas do Tocantins chamam a atenção pela beleza do artesanato que fazem, pelas pinturas e adornos que enfeitam seus corpos nas festas e rituais ou pela própria simbologia destes eventos seculares.